Júri Popular levará novamente três militares ao banco dos réus pela morte de Gilberto Arueira em Teixeira de Freitas

Teixeira de Freitas — Três policiais militares voltarão ao banco dos réus em um novo Júri Popular pela morte do empresário Gilberto Arueira de Azevedo, crime ocorrido em setembro de 2010, em Teixeira de Freitas. O caso ganhou grande repercussão na época e se tornou símbolo de cobrança por justiça no extremo sul da Bahia.

Gilberto foi morto no dia 24 de setembro de 2010, após ser abordado por militares à paisana da Companhia de Ações Especiais da Mata Atlântica (CAEMA). De acordo com o Ministério Público, ele foi confundido com um criminoso conhecido como “Thor”, suspeito de envolvimento em um roubo a loja de celulares ocorrido minutos antes. A vítima, de características físicas semelhantes ao suspeito, acabou alvejada com seis disparos, três deles pelas costas, quando já estava rendida no chão.

O processo, desde então, percorreu diversas instâncias da Justiça. Já houve júri anterior, mas a nova sessão foi determinada após recursos e questionamentos sobre nulidades no julgamento. A acusação sustenta que houve execução sumária, enquanto a defesa dos militares argumenta em legítima atuação diante da suspeita de crime.

O novo julgamento reacende o debate sobre a responsabilidade do Estado em casos de erro policial e a morosidade na conclusão de processos dessa natureza. Para familiares e amigos de Gilberto, a expectativa é de que, mais de uma década depois, a justiça finalmente seja feita.

Fonte Teixeira News