Secretário da SERIN usa as redes sociais e faz apelo aos professores das universidades estaduais da Bahia.
Sammy Chagas
02 de junho de 2019O secretário de relações institucionais da Bahia usou as redes sociais para emitir um apelo aos professores e alunos das Universidades Estaduais da Bahia, segue a íntegra da mensagem.
A greve dos professores estaduais completará três meses. Apesar de alguns avanços, não se chegou a um consenso.
É muito importante que a maioria dos professores participe de todas as decisões nesta greve. A contribuição de cada professor fortalece o diálogo e a condução deste processo de maneira democrática.
Debates geram contrariedades dos dois lados, no entanto são necessários para chegarmos a um consenso.
As entrevistas que Rui deu a respeito do contexto global da greve repercutiram na categoria dos docentes.
Reitero que, para se construir uma negociação justa, precisamos ouvir todos os lados. A sociedade pedia esclarecimentos. O governador estava sendo alvo de ataques injustos, ao ponto de tentarem compará-lo ao Bolsonaro.
Peço que façam uma reflexão: Rui levantou algum dado que seja inverídico?
No meu entendimento, ele se defendeu de ataques distorcidos da oposição. O governador esclareceu o motivo que o impede de dar aumento dos professores universitários.
A divulgação da média salarial dos rendimentos dos professores não teve o objetivo de expô-los. Serviu para contextualizar e mostrar que Rui investe na educação de nível superior.
A reivindicação do aumento foi respondida com um argumento lógico e real. O governo está subordinado à Lei de Responsabilidade Fiscal, que exige o gasto de 46,17% da receita corrente líquida do Estado com a folha salarial. A Bahia já chegou ao limite com 46,13%.
Outro ponto para reflexão: como o governador irá justificar que teve recursos para o aumento e demais reivindicações dos professores universitários e, num futuro breve, dizer não às demais categorias do Estado?
A economia brasileira está praticamente em recessão há cinco anos. Gostaríamos de poder fazer muito mais por todos servidores públicos, sem distinção. Neste caso, querer nem sempre é poder.
A situação de alguns Estados é semelhante aos dos clubes de futebol do país, onde existem presidentes de clubes que, no intuito de agradarem à torcida, comprometem a finanças do time.
Eles agradam hoje, para fazer os torcedores chorarem amanhã. Com clubes falidos, o que restam são times medíocres, estádios vazios e rebaixamentos de divisão.
Estamos em situação semelhante aos clubes de futebol em pelo menos nove estados da federação.
O governador não quer se acovardar e tomar decisões que beneficiem a sua imagem e prejudiquem o Estado a médio e longo prazos. O trato com a coisa pública deve estar acima do que qualquer benefício de imagem imediata.
Acredito que devemos nos unir e alcançarmos uma decisão que seja boa para professores, alunos e Estado.
Esta greve tem um alto custo para todos os lados, desde os alunos que estão impedidos de continuar o seus sonhos aos docentes que anseiam para fazer o que mais amam, dar aulas.
Em relação ao governo existe um desgaste pelo fato de a categoria dos professores ser a nossa eterna aliada. Diria que estamos entre os nossos, é como um debate em família em que nos magoamos por uma ou outra fala. No entanto, por uma necessidade vital, retomamos os laços ainda mais fortes.
Acredito que chegaremos a um consenso. Faço um apelo a todos os professores, estudantes e formadores de opinião para trabalharmos num discurso de união.
A vitória da educação é sempre uma conquista de todos!
Josias Gomes – Deputado Federal (licenciado) do PT/Bahia e atualmente titular da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR).
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