Saiba a alimentação adequada para combater o COVID19

Sammy Chagas
31 de maio de 2020
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Com aumento de pessoas infectadas pela Covid-19 cresce a preocupação com os hábitos alimentares indispensáveis para o fortalecimento do sistema imunológico. Sem vacina, e com tantas incertezas sobre medicamentos, essa é uma das poucas garantias quando a intenção é ajudar o corpo a se defender do vírus. Quem já testou positivo e enfrenta a maioria dos sintomas do novo coronavírus em isolamento domiciliar, deve reforçar o consumo de nutrientes úteis à saúde do corpo.

Mas, calma, ainda não há um ingrediente que funcione diretamente como remédio neste momento.Essa é uma doença nova e com poucas comprovações científicas acerca de tratamentos, o que não impede de se trabalhar refeições equilibradas e nada restritivas no processo de cura. O objetivo é aumentar a imunidade e acelerar o processo natural de recuperação. Sendo assim, a prioridade, de acordo com os profissionais de saúde, é manter uma boa ingestão de água. Pelo menos três litros diariamente ajudarão a eliminar toxinas.

Na lista de compras de um paciente com Covid-19 estão ingrediente acessíveis ao bolso e que combatem a inflamação, uma vez que esse é um quadro bastante associado ao vírus. “Podemos inserir, por exemplo, alho e gengibre na alimentação, por ser antioxidante, ter boa quantidade de vitaminas A e C, além de serem ricos em selênio e quercetina, que agregam na sua função anti-inflatória”.É tempo de abastecer a despensa com o máximo de produtos naturais, tais como frutas cítricas, que são ricas em vitamina C, a exemplo de laranja e kiwi, sem falar nas raízes que ajudam a revigorar o corpo.

Aliás, cansaço e fraqueza são alguns dos sintomas mais apontados pelos doentes, logo nas primeiras manifestações do vírus. Para revigorar, vale desde a boa e velha canja de galinha, com legumes coloridos dos tempos da vovó, até fontes de carboidratos naturais, como a batata-doce e mandioca. “Alguns chás também podem renovar as energias, como o verde e o preto, que são ricos em flavonoides, atuando como antioxidantes”, reforça o especialista. Embora algumas pessoas reclamem de falta de paladar e apetite, é importante manter a rotina alimentar equilibrada, montando sempre cardápios leves. O intestino também deve ser observado com cuidado, uma vez que o tratamento feito com algumas medicações pode afetar a sensibilidade desse orgão. Por isso, é recomendado pratos de fácil digestão. Nada de carnes vermelhas muito gordurosas, excesso de sal e açúcar ou produtos ultraprocessados – esses, inclusive, facilitam a inflamação no corpo.

Suplementação

O aporte extra de nutrientes é bem-vindo. Mas, segundo o nutrólogo Humberto Arruda, apenas com orientação médica. “É interessante suplementar as vitaminas C a D3, pois elas ajudarão a melhorar o sistema imunológico. É importante lembrar de um estudo feito em Turin, na Itália, sobre a quantidade de tromboses acarretadas pelo novo coronavírus. Nesse caso, mais do que nunca, é importante suplementar”, diz, lembrando as chances de suplementar as substâncias quercetina e natoquinase – agindo como anticoagulantes naturais. “Mas com o médico indicando a dosagem”, reforça.

Na rotina do paciente

*Uma boa noite de sono é essencial. Durma pelo menos oito horas
*Quem já está debilitado pelo novo coronavírus pode suplementar a vitamina D (com orientação médica) no lugar da exposição frequente ao sol
*Por mais isolado que o paciente esteja, é importante trabalhar o lado emocional. O estresse enfraquece o sistema imunológico
*Fique atento aos primeiros sinais de sintoma no corpo

Alimentos fonte de vitamina C

Caju, Goiaba, Morango, Brócolis, Tomate, Laranja, Mamão

Alimentos fonte de vitamina D

Óleo de fígado de bacalhau, Bife de fígado, Gema de ovo, Atum, Sardinha, Salmão, Leite fortificado, Queijo fortificado.

Alimentos fonte de zinco

Feijão, Sementes de melancia, Castanha de caju, Amendoim, Leite integral, Gema de ovo, Camarão, Ostras, Sementes de linhaça, Chocolate amargo

 

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