Polícia encurrala facções e reação violenta de criminosos expõe força do combate na Bahia

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19 de maio de 2025
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Embora a Bahia siga entre os estados com altos índices de violência segundo o Atlas da Violência, é preciso compreender o que está por trás desses números. Grande parte das mortes violentas está ligada diretamente à guerra entre facções criminosas e à reação violenta de bandidos diante do avanço das forças de segurança. O que muitos chamam de estatística alarmante é, na verdade, o reflexo de um cerco sem precedentes ao crime organizado no estado.

Nos últimos meses, a atuação firme da Polícia Militar, da Polícia Civil e do Ministério Público da Bahia tem sufocado as principais lideranças criminosas. Ações articuladas e operações como a Unum Corpus e as iniciativas da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO/BA) vêm resultando em centenas de prisões, apreensão de armas, drogas e dinheiro. Só em 2025, mais de 400 suspeitos foram capturados em todo o estado em operações simultâneas.

Essa ofensiva, considerada uma das mais agressivas já implementadas na Bahia, tem levado os criminosos a reagirem com violência. O aumento de confrontos armados, especialmente em áreas de domínio do tráfico, é uma reação direta à perda de território e influência. Como apontam especialistas, a violência não cresce pela omissão do Estado, mas pela sua presença cada vez mais forte e estratégica.

“Estamos indo onde antes o Estado não chegava. Isso incomoda e provoca reações. Mas não vamos recuar”, afirmou um comandante da PM em entrevista à imprensa local.

O Governo da Bahia também se destaca em inovação no combate ao crime. O uso de tecnologia de ponta, como o sistema de reconhecimento facial — pioneiro no país —, já ajudou a localizar e prender mais de 900 foragidos só neste ano. Aliado a isso, o investimento em inteligência policial, infraestrutura e armamentos tem fortalecido a atuação das forças de segurança em todas as regiões.

O Ministério Público da Bahia, por sua vez, tem atuado com vigor contra o crime financeiro e o braço logístico das facções. Foram deflagradas 75 operações só em 2025, com bloqueios superiores a R$ 2 bilhões de ativos ilícitos — asfixiando financeiramente as organizações criminosas.

Apesar dos desafios, a mensagem das autoridades é clara: o Estado está presente, e a polícia baiana não baixará a cabeça para o crime. A presença forte nas ruas, presídios e áreas de risco é permanente. A população pode esperar mais firmeza, mais investigações e mais prisões. Porque, se os criminosos reagem com violência, é porque estão acuados — e isso, paradoxalmente, é um sinal de que o combate está funcionando.

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