Wagner citou ‘falta de tesão’ como motivo para desistir da candidatura

Antes de entrarmos no tema dessa matéria, o que se percebe, que está claro o entendimento dos líderes petistas, que o PT precisa se renovar, no contexto de suas ideologias e de erguer novas líderanças, tanto a nível estadual como nos cenários municipais, o fechamento da sigla para novas líderanças está causando uma evasão de líderes importantes para a corrida eleitoral. Perderam Robinho, Marcelo Nillo,  Mirela Macedo, e essa evasão está se desenhando em todo Estado. É hora de repensar o PT, a exemplo de Teixeira de Freitas, os dois Líderes, Marcelo Belitardo e Eujacio Dantas, saíram do PT, por conta de não terem espaços para crescerem como lideranças e o que é pior, em Teixeira o PT não consegue fazer aliados por conta de um grupo fechado e sem abertura para novos projetos, tanto para a renovação partidária como para um novo modelo de diálogo com as diferentes camadas da sociedade.

Levando em consideração a possível candidatura de Otto Alencar, nada mais do que justo, o Senador construiu uma base forte em toda Bahia, foi fiel ao extremo ao PT. Chegou a hora de retribuír essa aliança que deu certo, e somou para o PT governar por 16 anos a Bahia. Afinal a alternancia de poder e de líderanças, faz parte do processo democrático tão defendido pelo PT.

Lula, Jaques Wagner, Rui Costa, já entenderam que o PT precisa de uma repaginada, a sociedade não aceita mais certos conceitos ideológicos. Agora falta a base entender isso, que além de entender é preciso ter ciência, que para implementar políticas públicas nas mais diferentes áreas é preciso está no Governo, é preciso ganhar as eleições, se não tudo não passará de discursos. Na urna vence a maioria.

Vamos ao título da matéria

No encontro reservado nesta segunda-feira (28) com lideranças do PT, o senador Jaques Wagner (PT) citou a “falta de tesão” como um dos motivos para desistir da sua pré-candidatura ao governo da Bahia.

Presentes na reunião relataram ao bahia.ba que Wagner disse não ter mais “tesão nem para participar da campanha nem para governar” o estado. O senador petista já foi governador da Bahia por duas vezes, entre 2007-2014.

Wagner ainda declarou aos correligionários petistas que não tinha “mais disponibilidade de enfrentar” o poder econômico. O senador avaliou, segundo os presentes no encontro, que “o sistema eleitoral está em uma fase em que o poder econômico apita muito”, e ele não estava disposto a enfrentá-lo novamente. Também disse que já deu a sua “contribuição” para a Bahia, e queria “novos desafios” como ajudar na campanha do ex-presidente Lula (PT).

Aliados lembraram que Wagner pôs sua pré-candidatura ao governo a “contragosto”, e passou quase dois anos “provocando” o governador Rui Costa (PT) e o próprio Partido dos Trabalhadores a preparar um nome para a sucessão. O que não aconteceu. No encontro, o senador petista voltou a defender a renovação do partido, e apresentou dois nomes: o secretário de Relações Institucionais, Luiz Caetano, e a prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho.

A reunião foi definida, por aliados, como uma “reunião emotiva”, e o “clima ficou péssimo” no encerramento. O senador chegou a se emocionar por duas vezes. O encontro foi longo, e reuniu quase 80 pessoas. Começou às 14 horas no auditório do Wall Street Empresarial, na Avenida Pararela, e encerrou por volta das 19h30.

O senador ainda lamentou a base governista ter perdido apoio de deputados, como Robinho (PP) e Mirela Macedo (PSD). Depois desta reunião, Wagner foi para o Palácio de Ondina, onde se encontrou com o governador Rui Costa.

No encontro, discutiram a chapa para disputar as eleições deste ano. Pelo traçado por eles, o senador Otto Alencar (PSD) será o candidato a governador, e o PT indicará o vice-governador. O nome mais cotado hoje é da prefeita de Lauro, Moema Gramacho.

Além disso, Rui renunciará ao cargo no dia 2 de abril para concorrer ao Senado, e o seu suplente será uma indicação do PP. O PP seria contemplado também ao assumir o governo com o vice-governador João Leão. A expectativa é que a composição completa seja definida até sexta-feira (4).

Fonte Bahia.ba