TRF-4 já usou troca de mensagens no Telegram para reforçar sentenças, diz coluna
Sammy Chagas
17 de junho de 2019O uso de aplicativos de mensagens instantâneas já foi utilizado para reforçar condenações no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), que é responsável pelos processos da Operação Lava Jato em segunda instância. Há pelo menos dois casos em que isso foi detectado, segundo a coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo.
Em uma decisão, o desembargador Thompson Flores escreveu na sentença que o réu mantinha “intensa comunicação por meio de aplicativos velados, a exemplo do Telegram”. Já em outra decisão, o desembargador Leandro Pausen afirmou que o réu, processado por tráfico de drogas, se comunicava principalmente por diversos meios eletrônicos, um deles, o Telegram, “a fim de dificultar o rastreamento”.
O aplicativo em questão ganhou destaque na última semana com a revelação das conversas entre o procurador Deltan Dallagnol e o ministro Sergio Moro pelo site The Intercept Brasil. Os diálogos são registros de 2015 a 2018 quando Moro era juiz e relator da Lava Jato, na 13ª Vara de Curitiba, e mostram como ele colaborava com a força-tarefa. O então juiz sugeriu a inversão de fases da operação, criticou e aconselhou ações do Ministério Público Federal (MPF), adiantou uma decisão judicial e, de acordo com a revelação mais recente, recomendou o envio de uma nota à imprensa para rebater o “showzinho” da def
Fonte Bahia Noticias