Três militares envolvidos na morte de Gilberto Aroeira vão a Júri Popular em Teixeira: Um deles é condenado

Sammy Chagas
07 de junho de 2019
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Teixeira de Freitas: Policiais Militares da CAEMA, envolvidos na morte de Gilberto Aroeira Azevedo, na época com 40 anos, foram a Júri Popular nesta quinta-feira, 06 de junho, no “Salão do Júri” do Fórum da Comarca de Teixeira de Freitas. O caso aconteceu na tarde do dia 24 de setembro de 2010, no interior de uma loja de manutenção e vendas de aparelho celulares “Celular & Cia”, situada na Avenida Presidente Getúlio Vargas, no Centro de Teixeira de Freitas, quando a vítima foi confundida pelos policiais, como sendo o autor de um assalto ocorrido na mesma data.

O assalto ocorreu no final da manhã do dia 24 de setembro, e um dos PMs teria sido uma das vítimas do assalto, o qual inclusive teria sofrido agressões e humilhação por parte do autor. Na época, o policial assaltado pediu apoio a outros dois colegas e saíram pela cidade em busca do assaltante, e o empresário Gilberto Aroeira teria sido confundido com o assaltante. Na época, os militares disseram em seus depoimentos que avistaram dois suspeitos na loja de celular e pediram pra revistá-los. Um deles teria feito um movimento brusco e os policiais acharam que fosse uma reação e atiraram.

Após alguns anos respondendo pelo processo em liberdade, os três militares foram a Júri Popular, que iniciou os trabalhos às 8h00, desta quinta-feira (06), sendo encerrado às 23h45. Trata-se de dos PMs, Wanderson Ferreira da Silva, Aurélio Sampaio da Costa, e Santo Aparecido Andrade Moreira. O júri foi presidido pela Juíza de Direito, da Vara do Júri e Execuções Penais, Drª. Adriana Tavares Lira, e foi composto por 7 jurados, que durante toda sessão, ouviram as testemunhas arroladas, tanto de acusação, quanto de defesa, além do Promotor Público, Dr. Gilberto Campos, que tinha como assistente de acusação o advogado Dr. Gean Prates.

Os jurados ouviram ainda o advogado de defesa, Dr. Bruno Teixeira Bahia, que por volta das 22h40, concluiu a sua tese de defesa, quando foi solicitado a todos que estavam no auditório, que se retirassem para que os membros do Júri pudessem realizar a votação. Ao retornarem os trabalhos, a Drª. Adriana Tavares anunciou o resultado do Júri, que inocentou os acusados Aurélio Sampaio e Santo Aparecido Andrade, e condenaram o acusado Wanderson Ferreira, que lhe foi imposto pela Juíza Adriana Tavares, a condenação de 16 anos e 6 meses, de reclusão, sendo iniciado no regime fechado, além da perca de suas funções na corporação da Polícia Militar da Bahia.

A defesa do policial Wanderson disse que irá recorrer ao Tribunal Superior, sob a  decisão do Júri. O Ministério Público não manifestou no momento que anunciou o resultado final, se irá recorrer ou não do resultado.

Por: Edvaldo Alves/Liberdadenews

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