O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, defende a revisão de gastos obrigatórios, como despesas com servidores, para controlar o Orçamento e, com isso, liberar recursos para outras áreas. Ele também cita o Orçamento engessado, com despesas vinculadas e indexadas, como um problema da gestão pública. Os ministérios têm hoje R$ 15 bilhões liberados, mas não são usados. No entanto, o valor não pode ser realocado.
– Só vai sair disso mudando a dinâmica do crescimento da despesa obrigatória. A reforma da Previdência tem um efeito pequeno para o próximo ano, mas a partir do segundo ano o efeito começa a ser bem maior. A outra coisa é despesa com pessoal. Esse ano essa despesa está crescendo R$ 26 bilhões. Tem reajustes que são dados, ainda tem as progressões de carreira, os benefícios previdenciários do servidor público. Para mudar isso, não pode ter reajuste para servidor e tem de ter menos concurso público. É a mesma coisa que foi feita na segunda metade dos anos 1990.