Reflexões no Réveillon do Apocalipse

Ilustração – Marcos Penna

Caros leitores,

Enquanto nos preparamos para receber o ano novo, é inevitável refletir sobre o que estamos comemorando no réveillon de 2023 para 2024. Não podemos ignorar os sinais alarmantes que o nosso planeta nos envia, clamando por atenção e ação.

O aquecimento global não é mais uma projeção distante; é uma realidade que se manifesta em temperaturas altíssimas. São Paulo, outrora vibrante, ficou às escuras após uma tempestade avassaladora. No domingo do Enem, a capital paulista enfrentou uma temperatura surpreendente de 50 graus, evidenciando que as mudanças climáticas são inegáveis e urgentes.

A Amazônia, pulmão do nosso planeta, está agonizando, transformando-se em uma vastidão deserta. O mar avançou sobre o Rio de Janeiro, e ciclones no sul assolam comunidades inteiras. Enquanto enfrentamos catástrofes ambientais ao redor do mundo, surge a pergunta crucial: estamos conscientes de que nossas ações humanas estão destruindo o único lar que temos?

Enquanto nos preparamos para o réveillon, vestindo branco na esperança de um recomeço, precisamos nos perguntar: estamos nos preparando para o apocalipse ambiental que criamos? A guerra em várias partes do mundo, incluindo Israel, Gaza, Iêmen, Irã, Rússia e Ucrânia, apenas amplifica a urgência de cuidarmos de nossa casa comum.

A verdadeira questão é: que futuro desejamos? Podemos almejar um futuro melhor enquanto negligenciamos a saúde de nosso planeta? A resposta é clara. Se ansiamos por um amanhã mais promissor, é imperativo que cada um de nós assuma a responsabilidade de cuidar da casa que compartilhamos.

Que este réveillon seja mais do que uma celebração; que seja um despertar para a ação coletiva. Vestir branco pode simbolizar não apenas um recomeço pessoal, mas também um compromisso renovado de preservar nosso lar, a Terra. O futuro que desejamos está intrinsecamente ligado ao cuidado que dispensamos ao nosso planeta hoje.

Afinal, no réveillon do apocalipse, a verdadeira ressurreição está em nossas mãos. Que 2024 seja o ano em que escolhemos não apenas celebrar, mas também agir, transformando nossas boas intenções em medidas tangíveis para proteger e preservar nosso lar.

Com esperança e responsabilidade,