Quarentena impediu 40 mil mortes em São Paulo, estima governo estadual

Sammy Chagas
09 de maio de 2020
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Desde o dia 24 de março, quando foi adotada a quarentena no estado de São Paulo, 40 mil mortes foram evitadas, disse hoje (8) o novo coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus, Dimas Covas, que também é diretor do Instituto Butantan.

“Hoje ainda temos um cenário muito preocupante, mas poupamos nesse período 40 mil vidas em virtude dessas medidas [de quarentena]”, afirmou Covas. “Se nada tivesse acontecido, se nada tivesse sido feito, poderíamos chegar a um cenário de 700 mil casos [confirmados de coronavírus] hoje”, acrescentou. “Não tivemos 700 mil casos, tivemos 41 mil casos até o dia de hoje [no estado de São Paulo.”

Citando dados da Universidade de São Paulo, o governador de São Paulo, João Doria, disse hoje que a quarentena tem salvado 51 vidas a cada dia. Segundo Doria, entre os dias 7 e 21 de maio, o isolamento deverá salvar 3.346 vidas.

Dimas Covas voltou a dizer que, se a taxa de isolamento no estado ficasse em torno de 70%, considerada a ideal, a taxa de contágio passaria de 2,9 [um individuo infectado transmitindo o vírus para 2,9 pessoas] para menos de 1, o que faria a epidemia de coronavírus se estabilizar e começar a cair. No entanto, a taxa de isolamento no estado tem ficado, há duas semanas, abaixo de 50%, com exceção dos fins de semana, quando tende a subir.

“A curva projetada até o dia 31 de maio prevê entre 90 mil e 100 mil casos no estado de São Paulo. Não conseguiremos alterar isso com as medidas que foram anunciadas hoje. Só poderemos alterar essa curva a partir de duas semanas. Em relação a óbitos, projetamos que poderemos chegar a 9 mil e 11 mil mortos. Isso tudo considerando 55% de afastamento social. Se a taxa for menor, certamente esses números serão piores”, ressaltou Covas.

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