‘Puro desespero’, diz deputado sobre pedido de indiciamento na CPI do MST

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28 de agosto de 2023
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O deputado federal Valmir Assunção (PT), membro titular da CPI do MST, avaliou como “desespero” a iniciativa do relator do colegiado, Eduardo Salles (PL-SP), em inclui-lo no relatório final da comissão como líder do MST nas cidades de Prado e Porto Seguro, situadas no Extremo Sul da Bahia. Assunção ainda considerou as investigações promovidas pelo bolsonarista como “infundadas”.

“A linha de trabalho do deputado Salles é infundada e se destina a uma operação política de criminalizar o MST e seus membros e até mesmo quem defende a política no plano institucional, a exemplo dos parlamentares que são assentados”, escreveu em uma das publicações no X, antigo Twitter.

A reação do deputado federal leva em conta o pedido de ao menos 15 indiciamentos dos possíveis envolvidos com o movimento rural através do documento final da CPI do MST. De acordo com informações do jornal O Globo, as solicitações serão apresentadas por Salles na próxima segunda (1º) e deve responsabilizar Valmir alegando abusos do parlamentar contra os integrantes do MST.

Ainda nas redes sociais, o deputado federal baiano afirmou que os “supostos abusos, obviamente não coadunamos com nenhum. Todos os que provocaram ilações caluniosas serão devidamente processados”.

Na última sexta-feira (25), integrantes da CPI do MST estiveram no Extremo Sul da Bahia para realizar diligências em assentamentos, nos municípios de Prado e Porto Seguro. Segundo Valmir, as investigações nas cidades baianas “não ouviu o conjunto dos assentados, fez reuniões com fazendeiros, atacou território indígena e foi imbuída de uma série de irregularidades e preconceitos”.

“Uma diligência bolsonarista, realizada sob prática e orientação fascista, feita para agradar os próprios apoiadores, com extenso uso de dinheiro público”, frisou o parlamentar.

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