PIMENTA-DO-REINO GARANTE BOA RENTABILIDADE A PRODUTORES RURAIS BRASILEIROS

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04 de maio de 2025
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Especiaria tem mercado promissor, clima favorável e retorno econômico atrativo para pequenos e médios produtores

A pimenta-do-reino, também conhecida como pimenta-preta, tem se consolidado como uma cultura de alta rentabilidade no Brasil, especialmente em regiões do Norte e Nordeste, como o Pará, Espírito Santo e o Extremo Sul da Bahia. O cultivo da especiaria atrai produtores por conta de seu retorno econômico significativo, mercado consolidado e clima propício.

Segundo dados do Cepea/Esalq-USP, o preço médio da saca de 50 kg da pimenta-do-reino gira entre R$ 18,00 a R$ 24,00 o quilo, podendo ultrapassar esse valor em períodos de menor oferta ou maior demanda internacional. Uma lavoura bem conduzida pode produzir até 2,5 a 3 toneladas por hectare/ano, o que representa um faturamento bruto anual que pode chegar a R$ 72 mil por hectare.

O manejo da cultura, no entanto, exige atenção e conhecimento técnico. A pimenta-do-reino é uma planta trepadeira que precisa de tutoramento, irrigação regular e controle fitossanitário rigoroso, sobretudo contra a fusariose — uma das doenças mais prejudiciais. O plantio pode ser feito com mudas enraizadas, geralmente entre os meses de novembro e fevereiro, aproveitando o período mais úmido nas regiões tropicais.

O clima ideal para o cultivo é quente e úmido, com temperaturas médias entre 24°C e 30°C e boa distribuição de chuvas ao longo do ano, características presentes em muitas áreas do Norte e Nordeste do país. A pimenta se adapta bem a solos profundos, ricos em matéria orgânica e bem drenados.

O custo de implantação de um hectare varia entre R$ 20 mil e R$ 30 mil, considerando aquisição de mudas, tutoramento, irrigação e mão de obra. O retorno do investimento costuma ocorrer entre o segundo e terceiro ano após o plantio, com produtividade em crescimento até o quinto ou sexto ano da planta.

O mercado consumidor é tanto interno quanto externo. O Brasil é um dos maiores produtores e exportadores mundiais de pimenta-do-reino, com grande aceitação em países como EUA, Alemanha e Índia. No mercado interno, a indústria alimentícia e de conservas absorve boa parte da produção.

A crescente valorização dos produtos naturais, aliada à estabilidade de preços e à crescente demanda global, coloca a pimenta-do-reino como uma alternativa viável e promissora para quem deseja diversificar a produção agrícola com retorno garantido.

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