“PEC da Sacanagem”: Deputados recuam após revolta popular contra a blindagem no Congresso
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20 de setembro de 2025Brasília, 20 de setembro de 2025 – A chamada PEC da Blindagem ganhou nas ruas um nome ainda mais forte: a “PEC da Sacanagem”. O apelido surgiu da indignação popular depois que a Câmara dos Deputados aprovou, em dois turnos, a proposta que dificulta investigações e prisões de parlamentares.
A reação foi imediata. A pressão nas redes sociais e nas bases eleitorais fez vários deputados se ajoelharem diante da voz do povo e pedirem desculpas pelo voto. Alguns alegam que foram pressionados por “gente influente”, outros dizem que acreditaram em falsas negociações de bastidores. Mas a verdade é uma só: eles traíram a confiança dos brasileiros.
O voto que virou vergonha
No primeiro turno, a PEC foi aprovada por 353 votos a favor e 134 contra. No segundo, 344 a favor e 133 contra. A vitória parecia tranquila, mas a repercussão foi tão negativa que virou um pesadelo para os parlamentares que apoiaram a proposta.
Deputados como Silvye Alves (União-GO) admitiram covardia e pediram perdão aos eleitores. Pedro Campos (PSB-PE) reconheceu que errou e prometeu recorrer ao STF. Merlong Solano (PT-PI) e Thiago de Joaldo (PP-SE) também vieram a público tentar explicar o inexplicável. A sensação geral é de que ninguém quer carregar nas costas o carimbo de ter votado a favor da PEC da Sacanagem.
A manobra da blindagem
Além de blindar parlamentares contra processos criminais, a proposta ainda ressuscitou o voto secreto, enterrando a transparência que a sociedade exige. Na prática, se aprovada no Senado, deputados e senadores terão nas mãos um escudo quase impenetrável contra a Justiça.
O povo não aguenta mais
A reação popular mostrou que o Congresso não pode mais legislar em causa própria. O recado foi claro: os interesses que devem prevalecer não são os dos gabinetes, mas sim os da população que paga impostos e sustenta a democracia.
Enquanto a PEC da Sacanagem segue para o Senado, a pressão cresce para que os senadores não repitam o erro da Câmara. O povo já demonstrou que não está disposto a aceitar um Congresso blindado, distante da realidade e surdo às vozes das ruas.
