‘Não resolve nada’, diz Bolsonaro sobre incluir governadores no Conselho da Amazônia

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13 de fevereiro de 2020
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O presidente da República, Jair Bolsonaro, disse nesta quinta-feira (13) que incluir governadores no Conselho Nacional da Amazônia “não resolveria nada”. Ele destacou, no entanto, que não vai tomar decisões sobre a região sem consultá-los.

Durante entrevista na saída do Palácio da Alvorada, ele foi questionado se foi dele a decisão de excluir os governadores do conselho,  chefiado pelo vice-presidente Hamilton Mourão.

Ao assinar o decreto que transferiu o colegiado do Ministério do Meio Ambiente para a Vice-presidência, Bolsonaro deixou de fora os governadores da Amazônia Legal. A composição anterior do conselho, estipulada em um decreto de 1995, incluía os governadores. Integram a Amazônia Legal: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Mato Grosso e Maranhão.

Segundo o presidente, ter governadores e secretários municipais no colegiado tornaria o grupo muito grande e prejudicaria a eficiência dos trabalhos, além de gerar despesas.

“Se você quiser que eu bote, está aqui o Atila Lins [deputado federal PP-AM] para responder. Se você quiser que eu bote governadores, secretários de grandes cidades, vai ter 200 caras. Sabe o que vai resolver? Nada. Nada”, disse Bolsonaro.

“Tem bastantes ministros. Nós não vamos tomar decisões sobre estados da Amazônia sem conversar com governador, com a bancada do estado. Se botar muita gente ,é passagem aérea, hospedagem, uma despesa enorme, não resolve nada”, completou o presidente.
Bolsonaro destacou que Mourão conhece a região, por ter trabalhado na Amazônia durante sua carreira militar – o vice-presidente é general da reserva do Exército.

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