Julgamento de triplo homicídio pode influenciar ação contra Geddel e Lúcio
Sammy Chagas
27 de setembro de 2019O julgamento de um caso de triplo homicídio ocorrido em Brasília há 10 anos pode influenciar os rumos da ação penal contra os irmãos Geddel e Lúcio Vieira Lima (MDB), no caso do “bunker” dos R$ 51 milhões, de acordo com o site Poder 360.
O julgamento dos emedebistas, acusados de lavagem de dinheiro e associação criminosa, foi iniciado na última terça-feira (24) na 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) e será retomado em 1º de outubro.
Já o caso que ficou conhecido como “crime da 113 Sul” é analisado na 1ª Turma Criminal da Corte. A arquiteta Adriana Villela é acusada de mandar matar seus pais e a empregada da família.
O que une os dois processos são laudos realizados por papiloscopistas, profissionais das polícias Civil e Federal que trabalham na identificação de impressões digitais, palmas das mãos, plantas dos pés e, às vezes, até biometria facial.
Tanto a defesa de Adriana quanto a dos Vieira Lima questiona laudos produzidos por papiloscopistas, e não por peritos oficiais.
No caso do triplo homicídio, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo, acatou parcialmente um pedido feito pela defesa da arquiteta, determinando que o juiz presidente do Tribunal do Júri esclarecesse ao Conselho de Sentença que o documento foi subscrito por 7 profissionais que não são considerados peritos oficiais.
“Com esse esclarecimento, caberá ao corpo de jurados avaliar o peso que deva merecer dentro do conjunto probatório”, afirma trecho da decisão.
Em um despacho posterior, porém, o ministro Luix Fux determinou que o laudo deveria ser considerado como feito por peritos oficiais, o que encerraria a discussão sobre a validade do documento.
Caso os outros ministros sigam o entendimento de Fux, a prova não será desconsiderada, o que poderá fortalecer a acusação no caso de Geddel e Lúcio.