Investigação da PF contradiz tese de Bolsonaro sobre aumento de preços da gasolina⁰

Sammy Chagas
23 de fevereiro de 2021
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O inquérito da Polícia Federal jogou por terra a tese do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de que o aumento de preços de combustíveis seria motivado por fraudes não coibidas feitas pelo PCC (Primeiro Comando da Capital).

O presidente citou a presença do PCC no setor e mencionou que o preço poderia ser “no mínimo 15% mais barato”. Contudo, o provável exemplo usado por Bolsonaro desmente a sua própria tese.

Segundo a coluna Painel, da Folha de S.Paulo, a investigação da PF que trata da facção em postos traça cenário contrário: possível prática de concorrência desleal, com preços mais baixos.

Para os policiais, como os postos serviam à lavagem de dinheiro do narcotráfico, eles tinham capacidade para manter “um preço economicamente mais viável, ou seja, mais barato, causando desta forma concorrência desleal”.

A investigação prendeu 13 pessoas envolvidas no esquema em setembro de 2020. Ao pedir a prisão, o delegado diz que 40 dos 120 postos da rede Boxter seriam da família Cepeda, investigada por ligação com o PCC.

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