Hackers presos em julho tentaram invadir celulares de 84 pessoas, diz PF
Sammy Chagas
24 de setembro de 2019Hackers presos na Operação Spoofing, realizada em julho deste ano, tentaram invadir os celulares de 84 pessoas, incluindo o presidente Jair Bolsonaro, deputados, senadores, ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), procuradores e juízes da Lava-Jato e jornalistas. A lista advém de uma perícia da Polícia Federal e foi revelada pelo jornal O Globo.
O ex-procurador geral da República Rodrigo Janot foi o alvo mais recorrente: foram 76 tentativas de invasão. O procurador da Lava-Jato Deltan Dellagnol vem na sequência, com 44 investidas realizadas por parte dos hackers em dois diferentes números. Já o presidente Jair Bolsonaro foi alvo em 14 diferentes ocasiões.
Membros da Lava-Jato, entre procuradores e juízes, também foram mirados pelos hackers: ao todo, foram 19 integrantes que sofreram tentativa de invasão de celular.
Veja a lista completa:
Rodrigo Janot (ex-PGR) – 76 vezes
Deltan Dallagnol – 37 vezes
Luciano (sobrenome não identificado) – 28 vezes
Thaméa Danelon (procuradora, ex-coordenadora da Lava-Jato de São Paulo) – 22 vezes
Orlando Martello Junior (procurador da Lava-Jato de Curitiba) – 21 vezes
Alexandre de Moraes (ministro do STF) – 13 vezes
Nicolao Dino (subprocurador aliado de Janot) – 13 vezes
Claudio Dantas (jornalista do site O Antagonista) – 12 vezes
João Otávio de Noronha (atual presidente do STJ) – 10 vezes
Eduardo Bolsonaro (deputado) – 10 vezes
Rodrigo Maia (presidente da Câmara) – 10 vezes
José Augusto Vagos (procurador da Lava-Jato do Rio) – 10 vezes
Márcio Barra Lima (ex-coordenador da Força-Tarefa Greenfield do MPF) – 10 vezes
Paulo Gomes Ferreira Filho (procurador da Lava-Jato do Rio) – 10 vezes
Delegado Francischini (ex-deputado federal) – 9 vezes
Paulo (chefe de gabinete do presidente do Senado Davi Alcolumbre) – 9 vezes
André Wasilewski Dusczak (juiz federal) – 9 vezes
Roberson Pozzobon (procurador da Lava-Jato de Curitiba) – 9 vezes
Raquel Dodge (ex-PGR) – 9 vezes
Thiago Lacerda Nobre (coordenador da Lava-Jato em SP) – 9 vezes
Felipe Francischini (deputado federal) – 8 vezes
DPF Edson (delegado da PF de SP) – 8 vezes
Luiz Philippe O. Bragança (deputado federal) – 8 vezes
Januário Paludo (procurador da Lava-Jato em Curitiba) – 8 vezes
Wagner do Rosário (ministro da CGU) – 7 vezes
Luís Felipe Salomão (ministro do STJ) – 7 vezes
Gleisi Hoffmann (deputada) – 7 vezes
Paulo Teixeira (deputado) – 7 vezes
Joice Hasselmann (deputada) – 7 vezes
Deltan (outro número do procurador) – 7 vezes
Eduardo Bolsonaro (deputado, outro número) – 7 vezes
Flávio Bolsonaro (senador) – 7 vezes
Jair Bolsonaro Reservado (presidente da República) – 7 vezes
Jair Bolsonaro telefone funcional – (presidente da República) – 7 vezes
Coronel Hideo (não identificado) – 6 vezes
Baleia Rossi (deputado) – 6 vezes
Tiago Ayres (advogado do PSL e de Bolsonaro) – 6 vezes
Cid Gomes (senador) – 6 vezes
Marisa Ferrari (procuradora da Lava-Jato do Rio) – 6 vezes
Kim Kataguiri (deputado federal) – 6 vezes
Abel Desembargador (desembargador do TRF-2) – 5 vezes
Eduardo El Hage (coordenador da Lava-Jato do Rio) – 5 vezes
Júlio Carlos Noronha (procurador da Lava-Jato de Curitiba) – 5 vezes
Isabel Groba (procuradora da Lava-Jato de Curitiba) – 5 vezes
Karen Louise (procuradora da Lava-Jato de Curitiba) – 5 vezes
Luiza Frischeisen (subprocuradora, foi candidata a PGR pela lista tríplice) – 5 vezes
DGP SP Youssef (não identificado) – 4 vezes
Ministro Sergio Moro (ministro da Justiça) – 4 vezes
Zampieri (ajudante de ordens da Presidência) – 4 vezes
Carlos da Costa (secretário especial de Produtividade do Ministério da Economia) – 4 vezes
Gabriela Hardt (juíza federal da Lava-Jato de Curitiba) – 4 vezes
DPF Rafael Fernandes (delegado da PF) – 4 vezes
Andrey Borges de Mendonça (procurador da Lava-Jato em SP) – 4 vezes
Eduardo Pelella (procurador e ex-chefe de gabinete de Janot) – 4 vezes
Flávia Cecília Blanco (não identificado) – 3 vezes
Abraham Weintraub (ministro da Educação) – 3 vezes
Dep. Luiz Philippe Bragança (deputado) – 3 vezes
Eduardo Paes (ex-prefeito do Rio) – 3 vezes
Lamoso (ajudante de ordens do governo de SP) – 3 vezes
Pezão (ex-governador do Rio) – 3 vezes
Flávio Lucas (não identificado) – 3 vezes
Igor Gadelha Crusoé (jornalista da Crusoé) – 3 vezes
Pedro Bial (jornalista da TV Globo) – 3 vezes
André Luiz Morais de Menezes (não identificado) – 3 vezes
Danilo Dias (procurador e ex-coordenador da área criminal de Janot) – 3 vezes
Douglas Fischer (procurador e ex-coordenador da Lava-Jato de Janot) – 3 vezes
Rudson Coutinho da Silva (não identificado) – 3 vezes
Abílio Diniz (empresário) – 2 vezes
Davi Alcolumbre (presidente do Senado) – 2 vezes
Dr. Francisco (não identificado) – 2 vezes
Maira (não identificado) – 2 vezes
Marcelo Barbieri SRI/Segov (ex-secretário do governo Temer) – 2 vezes
Athayde Ribeiro da Costa (procurador da Lava-Jato de Curitiba) – 2 vezes
General Braga Neto (atual chefe do Estado-Maior do Exército) – 2 vezes
MRE Filipe (Ministério das Relações Exteriores) – 2 vezes
Mario Carvalho FSP (jornalista da Folha de S.Paulo) – 2 vezes
Paulo Guedes (ministro da Economia) – 2 vezes
Reis Friede des TRF2 (atual presidente do TRF-2) – 2 vezes
Rosangela (mulher do ministro Sergio Moro) – 2 vezes
Diogo Castor de Mattos (ex-procurador da Lava-Jato de Curitiba) – 2 vezes
Gabriel da Rocha (não identificado) – 2 vezes
Paulo Roberto Galvão (procurador da Lava-Jato de Curitiba) – 2 vezes
Silvio Amorim (não identificado) – 2 vezes
Arolde de Oliveira (senador) – 1 vez
Marcelo Bretas (juiz federal da Lava-Jato do Rio) – 1 vez
Oswaldo Jose Barbosa da Silva (corregedor-geral do MPF) – 1 vez