Por Alberto Nogueira 

O ex-deputado José Carlos Aleluia afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva seria um “líder fraco” e chegou a dizer que ele poderia ser derrotado em 2026 — declaração dada em entrevista ao bahia.ba, na estreia da parceria com o podcast PolitiQuestion, nesta segunda-feira (15).

A frase, porém, traduz mais vontade de manchete do que análise consistente. Lula é o único brasileiro eleito três vezes pelo voto direto (2002, 2006 e 2022) — trajetória que desmonta a narrativa de fragilidade atribuída pelo ex-parlamentar.

Além disso, classificar como “fraco” um líder que sobreviveu a derrotas eleitorais, enfrentou processo judicial e retornou ao poder legitimado pelas urnas é uma leitura superficial da política brasileira. A insistência de Aleluia em apostar no ataque fácil revela uma estratégia de desgaste retórico, não um diagnóstico sobre capacidade de governo.

A atitude também contrasta com o discurso público de quem pretende se posicionar como alternativa: atacar o passado e reduzir a trajetória política do presidente a um epíteto simplista não equivale a oferecer projeto, plano ou articulação — elementos reais de liderança. Em suma: o que ecoa do ataque é mais o desespero por visibilidade do que um argumento sólido para derrotar um adversário historicamente vitorioso.

Fonte: entrevista ao bahia.ba — estreia da parceria com o podcast PolitiQuestion (15/09/2025).