‘É preciso lutar bastante’, diz biológo contrário à exploração de petróleo perto de Abrolhos

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15 de outubro de 2019
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Situado no extremo sul baiano, o Parque Nacional de Abrolhos abriga uma das maiores biodiversidades do planeta. É lá onde ficam o maior banco de águas calcárias do mundo e o maior banco de recifes corais do Atlântico Sul. As jubartes que migram da gelada Antártica para praias baianas, por exemplo, escolhem o arquipélago para se reproduzir.

Todo esse cenário, no entanto, pode estar ameaçado. É que a Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) quer vender quatro lotes para exploração de petróleo na Bacia Camamu-Almada, próxima a Abrolhos. Uma primeira tentativa foi sustada no dia 10 de outubro, quando não apareceu nenhuma empresa para lançar um preço sobre os lotes. No entanto, a ANP continuará na tentativa de venda.

Temerosos com o risco de acidentes ambientais por possíveis derramamentos de óleo, ambientalistas ligados ao movimento Conexão Abrolhos estão em alerta. Ao Bahia Notícias, o biólogo Guilherme Dutra criticou o governo federal que desprestigiou relatórios técnicos do próprio Ibama condenando a venda dos lotes. Dutra também afirmou que a aposta no petróleo pode destruir toda a economia local, que vive da pesca e do turismo.

“O petróleo é um recurso finito. Só que atividades como pesca e turismo vão ser dependentes dos recursos naturais em longuíssimo prazo”, afirma.e leia a entrevista na íntegra na Coluna Municipios.

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