Desembargadora do TJ-BA montou organização criminosa com os próprios filhos, diz MPF

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21 de fevereiro de 2025
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A desembargadora Lígia Maria Ramos Cunha Lima, e seus filhos, Rui Barata Lima e Artur Gabriel Ramos Barata Lima formaram grupo criminoso para obter vantagens econômicas de forma ilícita por meio de um suposto esquema de vendas de decisões judiciais no TJ-BA (Tribunal de Justiça da Bahia). A informação é da colunista Mirelle Pinheiro, do portal Metrópoles.

Lígia Maria e os filhos tornaram-se réus sob acusação de organização criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro, conforme decisão proferida pela Corte Especial do STJ (Superior Tribunal de Justiça) na quarta-feira (19), no âmbito da Operação Faroeste, que investiga o caso, relacionado a disputas de terras no oeste da Bahia.

De acordo com a colunista, a defesa da família argumentou que as acusações são baseadas apenas nas declarações de um colaborador premiado, sem provas concretas.

Conforme o MPF, porém, o grupo atuava desde 2015, quando Lígia assumiu o cargo de desembargadora e passou a atuar na região.

Segundo a colunista do Metrópoles, as investigações apontam que os três negociaram aproximadamente R$ 950 mil em decisões favoráveis relatadas por Lígia. Em um dos casos, um dos filhos da magistrada comprou carro de R$ 145 mil apenas um dia após sua mãe proferir voto supostamente negociado por R$ 400 mil.

A desembargadora também é acusada de obstruir as investigações entre novembro de 2019 e dezembro de 2020, quando foi presa.

Durante buscas em sua residência, a polícia encontrou diversos documentos relacionados às apurações da Faroeste.

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