Deputado Federal Valmir Assunção (PT-BA) denuncia CPI do MST como palanque para bolsonaristas e critica investigação seletiva

Assunção aponta motivações políticas por trás da CPI e defende foco na fiscalização do agronegócio.

O deputado federal Valmir Assunção (PT-BA), membro da CPI do MST, fez críticas contundentes à comissão parlamentar e sua possível utilização como plataforma política para os bolsonaristas. O deputado alega que a CPI, que visa investigar o Movimento Sem Terra, tornou-se um palanque para parlamentares alinhados com o governo anterior, que sofreram derrotas eleitorais recentes.

A CPI do MST, criada sob a presidência de Arthur Lira (PP-AL), tem sido alvo de debates acalorados no cenário político brasileiro. Valmir Assunção questiona a necessidade da existência desta CPI, argumentando que a mesma carece de um fato determinado. Ele destaca que, apesar de ser minoria na comissão, a esquerda tem uma estratégia clara: colocar em foco questões como crimes ambientais, trabalho escravo, sonegação do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) e grilagem de terras.

O deputado petista afirma que a verdadeira motivação por trás da CPI do MST é a tentativa de criminalizar movimentos populares e a esquerda brasileira. Assunção enfatiza que, ao invés de concentrar esforços na investigação do MST, a comissão deveria olhar com igual rigor as atividades do agronegócio, exigindo uma fiscalização mais eficaz nesse setor.

“Essa CPI não deveria existir, porque ela não tem fato determinado. Nós, mesmo sendo minoria, nós temos uma estratégia muito definida. Nós vamos mostrar para sociedade quem comete crime ambiental, quem são os responsáveis por trabalho escravo, aqueles que são do agronegócio e não pagam o ITR, que tem terra grilada. Esse é o debate que vamos fazer nesse período,” declarou Assunção.

As acusações do deputado Valmir Assunção levantam importantes questões sobre o propósito e a imparcialidade da CPI do MST, enquanto o debate em torno da comissão continua a polarizar a política brasileira.