Bahia reage com força ao tarifaço dos EUA e lidera ofensiva nacional para proteger empregos e indústrias

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08 de agosto de 2025
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Governador Jerônimo Rodrigues se antecipa e mobiliza forças em Brasília contra medida que ameaça R$ 1,3 bilhão da economia baiana

O Governo da Bahia não ficou calado diante da ameaça econômica vinda dos Estados Unidos. Sob comando do governador Jerônimo Rodrigues, o estado assumiu protagonismo nacional ao liderar, nesta quarta-feira (7), uma articulação estratégica em Brasília para barrar os impactos devastadores das novas tarifas norte-americanas sobre produtos brasileiros.

Em uma ofensiva coordenada no Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o secretário da Casa Civil, Afonso Florence, apresentou propostas robustas ao lado de representantes da Federação das Indústrias da Bahia (FIEB) e do setor exportador. O objetivo? Proteger a indústria baiana, blindar empregos e garantir que o estado não seja penalizado por decisões unilaterais do mercado internacional.

A movimentação é resultado direto da determinação do governador Jerônimo Rodrigues, que já havia iniciado, na última segunda-feira (5), um diálogo direto com o vice-presidente Geraldo Alckmin. A criação de um Grupo de Trabalho (GT) estadual com apoio da FIEB reforça a postura combativa e estratégica do governo baiano.

“Estamos agindo com firmeza. O governador Jerônimo foi claro: a Bahia não vai aceitar passivamente essa agressão comercial. Nosso compromisso é proteger nossa economia, nossos empregos e nossa competitividade. E vamos até as últimas instâncias para isso”, afirmou Florence, em tom categórico.

Alerta vermelho: impacto pode devastar setores produtivos

As projeções assustam: segundo a FIEB, o tarifaço pode provocar uma retração de até R$ 1,3 bilhão no PIB baiano, atingindo em cheio setores como petroquímica, cacau, celulose, pneus e metalurgia. Estima-se que cerca de 210 mil empregos estão em risco em toda a cadeia produtiva ligada às exportações para os EUA.

Propostas contundentes colocadas na mesa

Durante a reunião com o MDIC, o governo baiano não poupou esforços e apresentou um pacote de medidas urgentes, incluindo:

  • Exclusão de produtos baianos da lista de sobretaxas;
  • Redução de alíquotas tarifárias;
  • Aceleração das compensações tributárias;
  • Inclusão em listas de exceção e desequilíbrio comercial;
  • Ações diplomáticas junto à Organização Mundial do Comércio (OMC).

Pedro Guerra, chefe de gabinete do MDIC, reconheceu a gravidade da situação e o peso da mobilização baiana: “O Governo da Bahia foi rápido e assertivo. Esse tipo de diálogo é essencial para reagirmos com agilidade.”

Bahia à frente da resistência

O Grupo de Trabalho estadual seguirá mobilizado e já articula a criação de um Comitê Conjunto de Comércio Exterior, reforçando a capacidade de resposta do estado frente a desafios globais.

A mensagem do Governo da Bahia é clara: a Bahia não vai recuar. Com liderança política, técnica e institucional, o estado se coloca como voz ativa em defesa do seu povo, da sua economia e do seu futuro.

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