Após 30 anos, Collor pede desculpas por confisco nas poupanças

Sammy Chagas
18 de maio de 2020
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O ex-presidente Fernando Collor pediu desculpas aos brasileiros pela medida econômica do seu governo em que confiscou as cadernetas de poupança por 18 meses em 16 de março de 1990, como parte do Plano Collor. O pedido de “perdão” aconteceu através das redes sociais na manhã desta segunda-feira (18), após 30 anos do ocorrido.

Pelo Twitter, Collor escreveu que entendia que este era o momento de falar sobre o assunto com mais clareza e se explicou. “Quando assumi o governo, o país enfrentava imensa desorganização econômica, por causa da hiperinflação: 80% ao mês!”, disse.

O ex gestor também afirmou que a situação afetou, principalmente, os mais pobres por causa do poder de compra onde eles ficaram prejudicados. “Os mais pobres eram os maiores prejudicados, perdiam seu poder de compra em questão de dias, pessoas estavam morrendo de fome. O Brasil estava no limite!”, completou.

Segundo ele, durante a preparação das medidas do governo na época, ele tomou conhecimento de um plano “economicamente viável”, mas que era sensível na questão política. Era uma decisão dificílima. Mas resolvi assumir o risco. Sabia que arriscava ali perder a minha popularidade e até mesmo a Presidência, mas eliminar a hiperinflação era o objetivo central do meu governo e também do País.”, escreveu Collor.

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