A Paz Não é um Estado — É um Caminho
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14 de outubro de 2025
Muitos acreditam que a paz chega quando tudo se encaixa, quando a vida se acalma, quando os problemas cessam. Esperamos o dia em que não haverá ruídos, desencontros ou incertezas. Mas a verdade é que esse dia talvez nunca chegue — e, se esperarmos por ele, viveremos em constante frustração.
A vida é feita de imprevistos, altos e baixos, marés que mudam sem aviso. Sempre haverá algo fora do lugar, uma tempestade no horizonte, um ruído no meio do silêncio. A verdadeira paz não está na ausência desses ventos, mas na forma como escolhemos enfrentá-los.
Paz não é um estado; é um caminho. É a arte de respirar fundo mesmo quando o turbilhão parece nos arrastar. É a coragem de se aquietar quando o mundo grita. É a sabedoria de compreender que, mesmo em meio à tempestade, ainda é possível dançar na chuva.
Somos nós que delimitamos a fronteira entre o caos e a serenidade. A paz não depende das circunstâncias, mas da forma como lidamos com elas. Não existe paz onde nunca houve guerra; não há calmaria que não tenha aprendido com o vendaval.
Viver em paz é confiar que há um sentido por trás de cada desordem, que há propósito em cada desafio e que, mesmo no meio do caos, existe um espaço silencioso dentro de nós — um abrigo onde a alma descansa e o coração reencontra o equilíbrio.
No fim, a paz não se alcança quando tudo está bem, mas quando aprendemos a estar bem mesmo quando nada parece estar.