
A Pandemia de COVID-19 e o Aumento da Demanda Psicológica no Brasil
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11 de junho de 2024A pandemia de COVID-19 trouxe consigo desafios inimagináveis, não apenas para a saúde física, mas também para a saúde mental dos brasileiros. Um estudo recente revelou que as medidas restritivas impostas durante a pandemia tiveram um impacto significativo na saúde mental da população, com diferenças culturais entre países como Brasil, Itália e Estados Unidos⁵.
No Brasil, a demanda por serviços psicológicos tem crescido exponencialmente, com unidades básicas de saúde sendo inundadas com pacientes que buscam ajuda para lidar com problemas psicológicos decorrentes da pandemia. A situação é preocupante, pois não apenas afeta a qualidade de vida dos indivíduos, mas também coloca uma pressão adicional sobre o sistema de saúde pública¹.
Pesquisas indicam que a prevalência de sintomas de depressão, ansiedade e estresse aumentou significativamente durante a pandemia. Por exemplo, um estudo realizado em 2020 mostrou que quase metade dos participantes expressaram sintomas de depressão (46,4%), ansiedade (39,7%) e estresse (42,2%)¹. Esses números são alarmantes e destacam a necessidade urgente de intervenções para prevenir distúrbios mentais entre a população em geral.
Além disso, os profissionais de saúde que trabalharam no fronte da pandemia enfrentaram riscos adicionais à sua saúde mental. Um estudo focado em trabalhadores de saúde no Brasil encontrou taxas elevadas de sintomas de transtornos mentais entre enfermeiros, médicos e técnicos em enfermagem². Fatores como histórico pessoal ou familiar de transtornos psiquiátricos e gênero feminino foram associados a um maior risco de desenvolver problemas mentais.
É claro que a pandemia não pode ser vista apenas como uma crise sanitária; ela também é uma crise psicológica que requer atenção e recursos adequados. A sociedade precisa reconhecer o impacto duradouro que o COVID-19 teve na saúde mental dos brasileiros e tomar medidas para apoiar aqueles que estão lutando com esses desafios. A saúde pública deve priorizar o acesso à terapia e ao tratamento para todos os cidadãos, garantindo que ninguém seja deixado para trás nessa batalha contra o sofrimento mental.